google.com, pub-6738307567952025, DIRECT, f08c47fec0942fa0

segunda-feira, 26 de março de 2012

CURSO DE YORÙBÁ EM DVD - IORUBA

1 – DVD AULAS DE YORÙBÁ - Para aprender e falar o nome de todas as coisas de dentro e fora da religião na língua Yorùbá, e como rogar pragas aos inimigos ou fazer pedido aos orixás e Exu falando em Yorùbá

Conteúdo das aulas :
Alfabeto Yorùbá – gramática Yorùbá - saudações em Yorùbá - Saudaçôes de Natal em Yorùbá - Números em Yorùbá – Verbos e conjugações – Adjetivos – Cores – Nomes de Òrìsà de maneira correta – os dias da semana – os nomes dos animais em Yorùbá – como pedir as coisas dentro do terreiro falando Yorùbá - os nomes dados as obrigações que se faz dentro da religião de orixá - os meses do ano - Pronúncia correta e ortografia correta dos termos usados no Candomblé – contém cada aula do dvd um vocabulário Yorùbá com nome de todas as coisas. 33 aulas = 66 paginas + vocabulário
VALOR: R$ 30,00 ( se for enviado o arquivo por email ) se for o dvd pronto via sedex custa R$ 30,00 + valor do sedex de acordo com o lugar de destino.



PARA ADQUIRIR O LIVRO ENTRE M CONTATO POR ESTE EMAIL: OBA_FILHO@HOTMAIL.COM - TEL 71-33938642 / OI-7188703464 /CLARO- 71-83118418 / TIM 71-93665984 FALAR COM " OBA"

terça-feira, 13 de março de 2012

ISOMOLORÚKO - ACERIMÔNIA YORÙBÁ DO NOME



 ISOMOLORÚKO 

A CERIMÔNIA YORÙBÁ DO NOME

A cerimonia do nome é muito importante entre os Iorubás. É uma pratica antiga que reune vários ritos tais como: a escolha do nome , a acolhida da criança dentro da comunidade, a felicitação aos pais pela alegria e bem-aventurança dessa ocasião, ( a obtençao de uma graça divina ), e previsões para o futuro do recém nascido.



Antes de começar a cerimônia, a familia deve escolher o nome apropriado para a criança. Esse nome será um " amu t´orun wa "( nome trazido do outro mundo , mu...wa (trazido) ti (do) orun (outro mundo) , ou um abiso ( nome dado ao nascer) , nome que se refere as circunstâncias que envolveram o nascimento criança, normalmente a familia, mas que também pode ter relação com os fenomenos naturais ocorridos durante o nascimento.



Apos a escolha do nome tanto pelos pais como pelos parentes mais velhos, ficara guardado em segredo para ser anunciado apenas no dia da cerimonia de tirar o nome chamada iko mojade (revelar- trazer à luz, ko...jade)



Para meninos, a cerimonia se realizará no nono dia apos o nascimento, para meninas no sétimo, para gêmeos de ambos os sexos no oitavo dia, e para crianças mussulmanas de qualquer sexo no oitavo. caso a criança não seja batizada entre o setimo e o nono dia apos o parto, acredita-se que ela não irá sobreviver ao progenitor do mesmo sexo.



Esse ritual começa de manhã cedo ou no começo da tarde. Esse evento pode acontecer tanto dentro como fora da casa dos pais.



De acordo com a tradição a cerimonia costuma ocorrer do lado de fora para que os pes descalços da crianças seja tocadas pelo solo. Para que seus primeiros passos sejam dados na direlção correta.



Esse evento marca a primeira vez que a criança sai de casa. Também pode significar, a primeira vez que a mãe deixa a casa desde o parto.Os convidados podem variar desde os parentes próximos ate aqueles interessados em dar boas vindas a criança dentro da comunidade.



Cada pessoa trará um presente, ( roupas , dinheiro, cobertores, etc.) para cada criança ou para os pais.Mas só mulheres podem presentear a mãe e homens ao pai. Caso a cerimonia aconteça dentro de casa, os convidados ao chegarem, deixarão seus presentes na porta de entrada.



Uma hora após a chegada dos convidados a Iya Ikoko (mãe do recem-nascido) aparece segurando sua criança e aentrega o Ikoko Omon ( recém-nascido) para os idosos escolhidos que irão oficiar o ritual. O papel dos mais velhos tem um significado importante. Para os iorubás o idosos são os mais proximos das crianças, pois o bebe acaba de chegar do lugar para onde os mais velhos estão para ir.



O ritual começa com um borrifo de água no teto da casa, um jarro inteiro, ( as casas tradicionais tem tetos baixos) , para que a criança seja para que a criança seja banhada pela água. Considera-se um bom agouro se a criança chorar quando for molhada, um sinal de que a criança quiz dizer,

"só aquilo que vive pode produzir barulho espontâneo".



A água é o primeiro item do cerimonial a ser apresentado para a criança. O povo iorubá acredita que as primeiras coisas que a criança conhece são aquelas com que será acompanhada pelo resto da vida. Podendo entretanto fazer bom ou mau uso delas durante a vida. A água por ser essencial a vida é apresentada em primeiro lugar. Seu uso durante o ritual reflete a importancia da criança para sua familia.



Após o borrifo com água, o mais velho sussura o nome da criança no seu ouvido. Em seguida molha seu dedo com água e unge a testa anunciando o esperado nome a todos presentes. Volta-se em seguida pra sete jarros com diferentes conteudos.O primeiro tem pimenta vermelha , oferecida para a criança sentir.A pimenta simboliza a resolução e o comando sobre as forças da natureza. Distribui-se então a pimenta aos convidados.



Apos a pimenta , a criança experimenta água, significando pureza do corpo e da alma.(proteção contra doenças).



Dai vem o sal, que simboliza o sabor da sabedoria e inteligência com que a criança será provida.



O mel em seguida, para trazer alegrias e doçura na vida e não ser ignorada pela comunidade quando adulta.



Após o mel , o vinho significando riqueza e prosperidade.



E finalmente o obi, para trazer boa sorte.



O pai pode incluir outros itens nessa cerimonia, além desses sete.



A depender da divindade que proteje a familia. Se for Ogum , deus do ferro, o pai pode incluir uma faca ou espada durante o ritual.



Após o ultimo item, conclui-se a cerimonia, e as festividades iniciam. Uma refeição com comida cerimonial é oferecida aos convidados. E depois alegria e danças ate o dia seguinte.



Durante a festa, os musicos entoam canções para louvar a criança, seus pais , familiares e amigos. Essa tradição é a especialidade dos Ewi, poetas conhecidos pela riqueza de palavras e a arte de usar o idioma e os provérbios, pelo seu profundo conhecimento da lingua ioruba. No final desse artigo tem um exemplo desses poemas.



Após a cerimônia, a criança terá ao meos tres nomes que irão acompanhá-la durante a vida. O primeiro é o Orukó , nome próprio , que é tanto amu t´orun wa como abisso. O segundo é o oriki , nome para louvor , que expressa oaquilo que se deseja para o porvir dessa criança. E o terceiro, o Orile, o nome de familia ou de clã.



Os paragrafos seguintes dão uma ideia dos tres tipos de nomes mencionados acima. É interessante observar como é que o significados dos nomes são criados e perceber como eles se ligam às praticas e tradições religiosas. Os nomes iorubás contam histórias, e conhecendo-as podemos compreender melhor suas origens.



A escolha de um nome depende de muitos fatores como as horas do dia, um dia especial, uma circunstancia relacionada com a criança, pais, familiares, ou toda a comunidade que aguarda o seu nascimento. O amu t´orun wa vale para todas as rianças em quaisquer circunstancias. principalmente no nascimento de gêmeos (ibeji).O nome do primeiro será sempre Taiwo (To-aye-wo, o primeio a experimentar o mundo). O segundo será kehende (aquele que chega depois).



A criança que nascer aopós os gêmeos será chamada Idowu, para ambos os sexos. Muitos deles são considerados teimosos e cabeçudos , mas se não nascerem , a mãe dos gêmeos pode ficar louca. Os Idowu, selvagens e cabeçudos, irão voar sobre a cabeça da mãe e deixá-la louca.



No segundo grau de importancia para os nomes amu t´orun wa são as crianças chamadas de Oni Oni, hoje hoje, aquelas que choram incessantemente , dia e noite. Em seguida vem aqueles chamados de Ola (amanhã) e os proximos serão Otunla ( depois de amanhã). Entre os povos Isin esses nomes são usados até o oitavo filho.



Outro amu t´orun wa : Ige , aqule cujos pés nasceram primeiro. Abiose ( nascido em um dia santo) , Dada ( nascido com cabelo encaracolado) , Abiodu ( nascido no ano novo) Johojo( aquele cuja mãe morreu no parto).



Se a criança não nascer com amu t´orun wa (nome trazido do orun) , a familia decidira seu abiso (nome dado ao nascer) . Há um proverbio que diz, ile l´a nwa k´a to so omo l ´oruko , olhamos para a familia antes de darmos o nome a criança, e de fato os nomes abiso, refletem as circunstãncias e sentimentos da familia.



Eles também podem se referir a divindade que a familia cultua. Os nomes abiso também fazem referencias diretas ou indiretas à familia da criança.Ayodele, a alegria que entrou para a familia ; Omoteji, criança grande que vale por duas; ou então Iyapo, muitas tentativas; Ogundalenu, nossa casa devastada pela guerra; e nomes de orixas ( Sangobunmi , presente de Xangô); Fafmke (de Ifa para eu cuidar).



Ha uma categoria especial de nomes que vem de crianças Abiku (nascidos para morrer) . acredita-se que essas crianças pertencem a um grupo de demonios que vivem nas florestas nas árvores de iroko. Antes de nascerem elas ja decidem quando retornarão. esses demonios estão relacionados àquelas mulheres que perdem muitos filhos em idade infantil, especialmente após um curto periodo de doença.



São dados nomes especiais a essas crianças, na esperança que elas não retornem ou morram cedo.essa superstição foi a forma encontrada para explicar o alto grau de mortalidade infantil. Os nomes abiku, variam em significado, mas sempre tentando persuadir os espiritos das crianças a não serem levados pelas forças ocultas. Exemplos: Malomo, não vá; Oku, a morte; Tiju Iku, envergonhe-se de morrer; Duro-ori-ike, aguarde e verá como voce será mimado.



O Oriki é um nome atribuido em louvor. Sua intenção é a um efeito estimulante na criança. Nomes msculinos sempre refletem algo heróico, forte e corajoso, enquanto os femininos se adoçam com palavras de carinho, afeição e louvor. masculinos: Ajamu, aquele que agarra após a briga; Ajani , aquele que conquista após o conflito. Nomes femininos: Ayoka, aquela que causa alegrias por onde passa, Apinke, acarinhada de mão em mão. Apenas os mais velhos podem chamar as crianças pelos seus nomes Oriki.



Finalmente, ha o nome Orile, que reflete a origem da familia. São muito importantes para traçar a linhagem. Crianças de ambos os sexos geralmente usam o nome totemico do pai, ou Orile. Esses nomes provem de objetos ou de animais que representam a linhagem familiar. Erin , elefante, nome ligado a linhagem de reis.




A REENCARNAÇÃO - ÀTÚNWA


Há diferentes caminhos para os antepassados voltarem à terra, e um dos mais comuns é que a alma seja reencarnada e nascida como um neto, bisneto, bisneta, etc... de um filho ou filha dos antigos pais, ou seja, processo de ida e vinda se dá entre o meio familiar do qual era oriundo. A isto é dado o nome de Àtúnwa (Reencarnação), aquele ou aquela que volta novamente. O mundo, segundo os yorubá, é o melhor lugar onde vivemos.

Isso é contrário ao ponto de vista de algumas tradições religiosas, que consideram o mundo um lugar de sofrimento e dor. Existe um forte desejo por parte do ser vivo, em ver reencarnados seus pais logo depois da morte deles. Daí a expressão Babá / Ìyá á yà á tètè yà o - "Que seu pai ou sua mãe venha logo".

Este desejo é observado quando do nascimento, Ìbí, de uma criança; aos três meses de idade, um Babalaô é consultado para saber qual o antepassado que foi reencarnado, se a linhagem paterna ou materna. Esse ritual é conhecido como Mimò orí omo - "Conhecendo o orí da criança" ou Gbígbó orí omo - "Ouvindo o orí da criança". É verificado o seu Orixá, seus ewò, tabus, e o tipo de espírito encarnado (Àbìkú etc.) A partir deste conhecimento, um determinado nomes passará a fazer parte de seu nome civil para lembrar constantemente à criança a sua origem. A reencarnação de um ancestral é conhecida pelo nome de Yíya omo - "Voltar a ser criança ou tornar a encarnar".

Ao se constatar o fato, o nome da criança poderá ser alusivo ao fato. Alguns nomes yorubá evidenciam isto e relacionamos alguns: Babátúndé - o pia voltou, ou seja um ancestral de linhagem paterna, Ìyátúndé - a mãe voltou, Babájídé - papai acordou e chegou Ìyábò - a mãe retornou Omotúndé - a criança voltou de novo.

Nesta visão da concepção yorubá sobre a reencarnação devemos salientar que , apesar de uma criança ser chamada de Babátúndé, o espírito do antepassado ainda continua a viver no mundo espiritual, onde é invocado de tempos em tempos. Em face disso, alguns entendem que, na verdade, há uma reencarnação parcial.

Os vivos ficam satisfeitos ao verem parte de seus ancestrais nos filhos recém-nascidos, mas, ao mesmo tempo, são felizes por saberem que eles se acham no mundo espiritual , onde têm maior potencialidade no auxílio de seus familiares na terra.

"A religião dos yorubá torna-se gradualmente homogênea, e sua atual uniformidade é o resultado de uma longa evolução e da confluência de muitas correntes provindas de muitas fontes. Seu sistema religioso se baseia na concepção de que cada ser humano é um representante do deus ancestral.

A descendência é através da linha masculina. Temos os membros da mesma família, são a posteridade do mesmo deus. Assim família são a posteridade do mesmo deus. Assim que eles morrem, retornam a esta divindade e cada criança recém-nascida representa o novo nascimento de um membro falecido da mesma família. O Orisa é o agente da procriação que decide sobre a aparição de toda criança."

A SOCIEDADE ÀBIKÚ


ÀBÍKÚ ou ELÉ`RÈ são formas de espíritos que vivem de ir e vir ao mundo, formando uma sociedade chamada Egbé Òrun Àbikú, e l`derada por Olóìkó (de natureza masculina) e Ìyájanj`sá (de natureza feminina). Para estas mortes prematuras, oferendas são feitas com a intenção "fechar a porta" de ida e vinda, para que desta forma um espírito desta natureza que esteja encarnado, possa viver plenamente e "ficar com cabelos de algodão". Ao tomar conhecimento de que uma criança é Àbikú, os Yorubás além de uma série de ritualidades específicas, dão também um nome a esta criança para que este nome lhe traga ajuda na luta de sua permanência: Àpààrà - "Não fique indo e voltando", Dúrójaiyé -"fique e goze a vida", Kòkúmó - "não morra mais". As obrigações a serem feitas iniciam-se a partir da consulta ao oráculo de Ìfá e o Bàbá Eégúngún Bejí-Bikú (ligado ao culto de Beji, exatamente por causa dos espíritos infantis Àbìkús, pode ajudar muito na solução do problema), estas consultas visam entre outras coisas a perceber o "ponto fraco" específico daquela pessoa na relação Abikú, pode-se deduzir o que será necessário a ser feito. Assim nos conta um itòn do Odù Òdi Méji :   "...Òrúnmílà foi consultar Ìfá para seu filho Asejéjéjaiyé. Ele causa aborrecimentos a Òrúnmilá porque é a décima Sexta vez que vem ao mundo e morre. É então que o Babáláwo diz que se prepare a folha de Ìdí e tudo que for necessário. Eles dizem que sejam feitas incisões no corpo de Asejéjéaiyé, que façam incisões no rosto também. As incisões são feitas e se esfrega o pó. Quando se acaba de fazer as incisões, eles dizem que esta criança não conhece mais o caminho de volta para o céu da morte; Eles dizem que pegue o resto do pó negro; Eles dizem que se faça um talismã de boa sorte; Eles dizem que amarre na cintura da criança; Eles dizem que ela  não é mais capaz de partir; Eles dizem que o caminho do céu da morte, não foi feito para ela; A criança que esfrega seu corpo com a folha de lará pupa não retorna mais ao céu da morte..."    Se uma mulher, em país Yorúbá, dá à luz uma sèrie de crianças nati-mortas ou mortas em pequena idade, a tradição reza que não se trata da vinda ao mundo de várias crianças diferentes, mas de diversas aparições do mesmo ser maléfico chamado Àbíkú(nascer-morrer) que se julga vir ao mundo por um breve momento para voltar ao país dos mortos, òrún, várias vezes. Ele passa assim seu tempo a ir e voltar do céu para o mundo sem  jamais permanecer aqui por muito tempo, para grande desespero dos pais, desejosos de ter numerosos filhos vivos, para assegurar a continuidade da família sobre a terra. Esta crença se encontra entre os Akan, onde a mãe é chamada Awomawu(ela bota os filhos no mundo para a morte). Os ibo chamam os Àb`kú de Ogbanje, os Hauçás de Danwabi e os Fanti, Kossamah. Sua presença entre os Mossi foi estudada por M.Houis. Encontramos informações a respeito dos Àbìkú em algumas histórias de Ìfá que transmitem de geração em geração um enorme "corpus" de histórias tradicionais, classificadas nos 256 Òdú de Ìfá. Essas histórias mostram que os Àbìkú ou Eméré formam sociedades no céu (egbé-Òrún), presidídas por Iyàjansá (a mãe-que-bate-ecorre) para os meninos e Olókó(chefe de reunião para as meninas, mas é Aláwaiyé(Rei de Awayé) que as levou ao mundo pela primeira vez na sua cidade. Lá se encontra a floresta sagrada dos Àbìkú, aonde os pais vão fazer oferendas para que eles fiquem na terra. Quando eles vem do òrún para a terra, os Àbìkú passam os limites do céu diante do guardião da porta, o aduaneiro do céu Onibodè Òrún(um dos títulos de Ògun). Os que partem declaram o tempo que tencionam ficar no mundo e o que farão. Se prometem a seus companheiros que não ficarão na terra, essas crianças, apesar de todos os esforços de seus pais, retornarão, para encontrar seus amigos no céu. Os Àbìkú podem ficar no mundo por períodos mais ou menos longos. Um Àbìkú menina chamada " a morte os puniu" declara diante de Ònibodè Òrún que nada do que seus pais façam será capaz de retê-la no mundo, nem presentes em dinheiro, nem roupas que lhe ofereçam, nem todas as coisas que eles gostariam de fazer por ela atrairiam os seus olhares nem lhe agradariam. Um Àbìkú menino , chamado Ilere, diz que recusará todo alimento e todas as coisas que lhe queiram dar no mundo. Ele aceitará tudo isto no céu. Quando Aláwayé levou duzentos e oitenta Àbìkú ao mundo pela primeira vez, cada um deles tinha declarado, ao passar a barreira do céu, o tempo que iria ficar no mundo. Um deles se propunha a voltar ao céu assim que tivesse visto sua mãe; um outro, que iria esperar até o dia em que seus pais decidissem que ele deveria se casar, um outro, que retornaria ao céu, quando seus pais concebessem um novo filho, um ainda não esperaria mais do que o dia em que começasse a andar. Outros prometem a Iyàjanjansá, que está chefiando a sua sociedade no céu, respectivamente, ficar no mundo sete dias, ou até o momento em que começasse a andar, ou quando ele começasse a se arrastar pelo chão, ou quando começasse a ter dentes , ou ficar em pé. Essas histórias de Ìfá nos dizem que oferendas feitas com conheimento de caus são capazes de reter no mundo esses Àbìkú e de lhes fazer esquecer suas promessas de volta, rompendo assim o ciclo de suas ídas e vindas constantes entre o céu e a terra, porque, uma vez que o tempo marcad para a volta já tenha pasado, seus companheiros se arriscam a perder o poder sobre eles. Estas oferendas capazes de reterem os Àbìkú na terra são todas profundamente baseadas nas plantas litúrgicas que "conhecem o segredo Àbìkú", e assim podem como que omper o pacto dos Àbìkú.                   Estas plantas litúrgicas são:  Abírinkolo=cascaveleira,xique-xique,maracá.      Agídimagbayin= vassourinha do campo. Idi = amendoeira. Ijá osun = urukun  Lara pupa = mamona vermelha. Olobonjè = pinhão da bahia Opa emere = dobradinha do campo, malva sedosa. A ação protetora buscada nas folhas , expressa nas fórmulas de encantamento, é introduzida no corpo da criança por incisões e fricções e a parte do pó preto, contida no saquinho Òndè, representa uma mensagem não verbal, uma espécie de apoio material e permanente da mensagem dirigida pelos elementos protetores contra elementos hostis, sendo esta forma de expressão menos efêmera do que a palavra. Assim como nestas histórias, são feitas referências aos Xaorôs, anéis providos de guizo, usados nos tornozelos pelas crianças Àbìkú, para afastar os companheiros que tentam vir buscá-los no mundo e lembrar-lhes suas promessas. No entanto, nem sempre essas preucações e oferendas são suficientes para reter as  crianças Àbìkú na terra. Iyájanjansa é  muitas vezes mais forte. Ela pode não deixar agir o que as pessoas fazem para reter os Àbìkú. Os corpos dos Àbìkú que morrem assim, são frequentemente mutilados, a fim de que , dizem, eles percam seus atrativos e seus companheiros no céu não queiram brincar com eles sobretudo para que o espírito do Àbìkú, maltratado deste modo, não deseje mais vir ao mundo. Estas crianças recebem no seu nascimento, nomes particulares. Citarei alguns : Aiy´lagbe -"nós ficamos no mundo", Aiyédùn- "a vida é doce, venha conhecer nossa sociedade", Ajéigbe -"a riqueza não está perdida" Akísàtán-" eu nã verei mais amarrar as roupas" Dúrósomo- "fica, para fazer filhos" e muitos outros.    

ÀWO ÒRÌSÀ - O CULTO AOS ORIXAS

O objetivo deste trabalho é levar conhecimento a todos de dentro da religião de orixá, desejando assim que todos fiquem sabendo o que estão fazendo, pedindo, falando e cantando dentro da nossa religião. Tenho encontrado muitos filhos se queixando que seus zeladores não permitem a eles alguns dos conhecimento da religião, alegando assim que eles ainda estão novos. No meu ver todos que são iniciado dentro do axé deve ter conhecimento de sua religião, aqui no Brasil se escondem muitas coisas em relação ao culto dos orixás, coisa que lá na Nigeria não acontece com seus adeptos, todos tem o direito de saber sobre o culto ou religião onde estão atuando ou praticando. Acredito que tás situações de restrições de conhecimento religioso do axé deva ser por causa de insegurança de alguns zeladores, já chegou ao meu conhecimento que eles por medo de que seus filhos cresçam com os conhecimento e se afastem do terreiro terminam em ocultar o que deveria ser passado. Antes de pensar na perda de um filho ou filha de santo, eu acho que eles deveriam pensar primeiro que passando os conhecimentos, um dia esse filho poderia ajudar a eles mesmos quando em uma hora de precisão.. e mesmo que alguns deles não fiquem no terreiro onde foram feitos, mas pelo memos iriam sair dali dizendo, eu aprendi porque minha mãe ou meu pai me ensinou. Mo juba àwon òrìsà ( Respeito a todos os encantos )
 Èsù ( Exu ), Ògún ( Ogun ), Òsóòsì ( Oxose ), Òsónyìn ( Osãe ), Òsùmàrè ( Oxumarê ), Iroko ( Tempo ), Sòngó ( Xangô ), Iyansan ( Oya ), Logun-Edé, Òsun ( Oxum ), Iyemoja ( Iyemanjá ), Ibeji ( Erê ), Iyewa ( Ewa ), Obà ( Óba ) Nana ( Nannan ) Òsàlà